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21 janeiro 2012

Akai Ito-O fio vermelho do destino

"Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se
Independentemente do tempo, lugar ou circunstância
O fio pode esticar ou emaranhar-se
mas nunca irá partir."

    Olá pessoal, como vão vocês? Já faz um tempo que eu não apareço por aqui, não é mesmo? Não se acostumem ein!
    Eu gosto de esperar um tempo para as postagens acumularem comentários, porque eu fico meio triste quando vejo um post ao qual me dediquei com apenas 1 ou nenhum comentário(risos). Mas... vamos ao que interessa hoje!
Essa postagem foi sugerida a mim pela Maki-chan depois de uma conversa bacana que tivemos, então, é dedicada à ela.
    Voltando aos meus típicos dias de falar sobre mitologia oriental, vou apresentar a vocês a lenda de Akai Ito, que em japonês significa literalmente “fio vermelho”.
    Originalmente é uma lenda chinesa. Diz a sabedoria oriental que “um encontro é um acaso, mas um reencontro é destino”. Segundo a lenda original, todos somos conectados por um fio vermelho, amarrado ao tornozelo, àquela pessoa a qual estamos destinados: nossa “alma gêmea” ou “par ideal”.
    A lenda se popularizou pelo mundo e é mais conhecida por sua versão japonesa na qual o fio se localiza no dedo mindinho. É também chamada de “Red string of fate” e aparece no anime xxxHolic, e também no dorama que leva o mesmo nome.
    Nas pesquisas que fiz encontrei duas lendas. A primeira é sobre um homem que, a caminho de encontrar sua noiva, encontrou-se com Xiao Lao Yue(ou Yuelao) o deus lunar casamenteiro. Para impedir que o homem cometesse um erro, o deus mostrou-lhe que aquela mulher com quem estava prestes a se casar não era sua “alma gêmea”. A pessoa a quem seu Akai Ito estava conectado era, na realidade, um bebê que acabara de nascer. Irritado, o homem manda que um de seus criados mate esse bebê. Nosso personagem principal se casa, mas é muito infeliz durante todo casamento, até que vem a se tornar viúvo. Em seu período senil, quando já pensava que não poderia mais ser feliz, ele encontra uma bela mulher e casa-se com ela, descobrindo a felicidade que nunca teve. Quando vem a descobrir que sua amada esposa é o bebê ao qual, há muito tempo, Yuelao havia atado seu tornozelo com uma linha vermelha.
    Essa é uma lenda que inspira respeito aos deuses e a crença no destino. A segunda, eu optei por contar como uma história, como fiz com as outras lendas que trouxe a vocês. Estão prontos?

    Naquela época, as grandes muralhas eram erguidas pelos escravos. Em tempos de guerra, senhores buscavam os domínios, os artistas pintavam as glórias dos vencedores e os horrores dos que sucumbiram nos campos de guerra.
    Mas em uma pequena vila, um menino brincava com um peão de baixo da lua cheia e da brisa da noite. Yuelao observava aquela inocência de sua morada na lua e, por algum motivo, resolveu provar-se diante dos humanos. Disfarçado de velho, Yuelao desceu à frente do menino e sentou-se por perto para observá-lo brincar.
“Boa noite” disse tranquilamente enquanto olhava para sua casa, ofuscante no céu noturno.
    O menino respondeu com um breve “hum” e parou para dar atenção ao velho.
“Você precisa se preparar para seu destino, afinal, logo será um homem e precisará tomar uma esposa.” disse a ele, batendo com seu cajado no chão.
“Eu nunca me casarei!” respondeu com sua voz estridente, e cara emburrada.
“Você tem certeza? O seu destino é quem dirá isso. Ele diz nesse momento. Esse fio vermelho que amarro em seu tornozelo lhe ligará para sempre a pessoa a quem você está destinado”
    E dito isso, Yuelao mostrou o fio vermelho nítido como sangue reluzente que estendia-se como uma serpente pela grama, até o tornozelo franzino da menina-criada que varria a varanda da casa mais proeminente da vila.
    Assustada, ela soltou um leve sussurro e abaixou-se para conferir, o que era aquele fio que não vira nunca amarrado em seu pé. Mal teve tempo de ver a pedra silenciosa que se aproximou de seu rosto e a atingiu, marcando um corte profundo em seu supercílio frágil. O pequeno menino limpou as mãos de terra, convencido de que aquela pedra que atirara seria o suficiente para afastar para sempre aquela menina de si. Depois de mostrar a língua para Yuelao, fugiu o mais rápido que pôde, retorcendo a linha e emaranhando-a pelos caminhos tortuosos em que passou.
    Com um leve balançar de ombros, Yuelao desapareceu no breu da noite.
    Anos depois, aquele mesmo menino, agora homem feito, precisava tomar uma mulher como esposa, para a honra da família e continuidade  de seu sangue. Muitas mulheres apareceram, e o menino, agora homem, não conseguia se decidir por nenhuma. Esta era feia demais, esta outra gorda demais, e esta outra magra demais. Aquela tinha orelhas grandes, aquela tinha uma voz irritante, e a outra parecia um pavão. O menino, agora homem, era o terror das casamenteiras, e, diziam que se andassem por toda china, nunca encontrariam mulher que lhe agradasse.
    Certa noite de luar forte, o homem passeava pela vila, a pensar que, logo ficaria velho, e nunca se casaria. É claro que, em sua memória haviam sequer resquícios da noite em que a divindade Yuelao havia se mostrado perante ele.
    Na casa mais abastada da região, o homem viu a silhueta de uma mulher que se desfazia do coque de seu cabelo. Assim que viu cair as madeixas negras sobre os ombros, mesmo que apenas em uma silhueta, sentiu em seu coração que aquela deveria ser a mulher com quem passaria o resto de sua vida.
    Na manhã seguinte, bateu a porta daquela casa, pedindo ao anfitrião que pudesse falar com a mulher que morava no quarto, em cuja janela vira a silhueta de sua amada. O velho que o atendeu, disse-lhe que ela não costumava sair por vergonha de suas condições.
    Mesmo que a chamasse muito, dia após dia, ela se recusava a sair. Até que um dia o velho lhe sugeriu que, se havia tanta certeza que aquela mulher, sua neta, era sua “parceira ideal”, que marcasse o casamento de uma vez e ela apareceria.
    Então, no tão desejado dia, a mulher surgiu com o rosto coberto por um véu grosso que escondia toda sua face de seu noivo e também dos convidados. Até que em suas núpcias o homem pediu para que tirasse o véu.
“Não tenho certeza de que irá querer ver meu rosto, senhor. É feio e mutilado.”
“Como pode ser feia, se em meu coração tenho tanta certeza que é tão bela quanto o florescer de um lírio?”
“Quando nova, um menino atirou-me uma pedra no rosto, e agora tenho uma terrível cicatriz sob meus olhos.”
    O homem surpreso com o retorno de suas memórias, aproximou-se devagar de sua esposa e retirou-lhe o véu, deparando-se com a mais bela mulher que já havia visto. Tudo nela era belo, até mesmo a pequena cicatriz em forma de fio que se sobrepunha a sua sobrancelha direita.
    O fio vermelho em seus tornozelos reluziu tão forte quanto naquela noite há anos atrás e o deus Yuelao sorriu com a certeza de que, o destino de Akai Ito para sempre seria cumprido.

Espero que tenham gostado pessoal. Só pra constar, eu enfeitei bastante a história, mas vocês podem conferir a lenda original aqui.
Finalizo com um video bacana com essa temática




Obrigada pela paciência.
Será que todos temos alguém no fim de nossos Akai Ito?

Fontes de pesquisa:
1
2
3

12 janeiro 2012

Mari: Tag#MarcouInfancia

Eu não sei vocês, mas pra mim, as recordações que vem da infância são as mais preciosas que existem. Pelo menos, eu me sinto assim em relação as minhas. Quando ouço algumas músicas, revejo alguns filmes ou simplesmente vejo alguma imagem de algo relacionado a essa época da minha vida, na hora sinto arrepios(daqueles de deixar os cabelos em pé) e sinto uma vontade sufocante no peito de chorar... e eu choro mesmo! (risos)
Não que eu tenha passado minha infância inteira vendo Tv, mas eu já sou da época em que a maioria das brincadeiras eram regidas pelos desenhos que passavam. E eram essas brincadeiras que afloravam minha criatividade.
Será que acontece o mesmo com vocês? Estou deixando aqui duas músicas que marcaram a minha infância. A primeira é “Can you feel the Love tonight” do Rei Leão, na versão do Elton John, mas eu aconselho às pessoas que também tiveram a infância marcada por esse filme a verem a versão brasileira, porque é essa que vai fazer aquele calafrio passar na sua espinha. A segunda é, nada mais nada menos, do que a música do desenho que regeu a maioria das brincadeiras da minha infância, a musica “Brave heart”, pra quem não sabe, a musica da DIGIEVOLUÇÃO!!



Foi difícil escolher só essas duas! Afinal, eu queria colocar mais algumas, como a primeira abertura de InuYasha, ou a de Shaman King... são tantas...
Olhando agora. Eu tive uma infância muito feliz! (risos)

MAAAS NÃO É SÓ ISSO!!!
Eu estou transformando essas minhas memórias em uma Tag! #MarcouInfância
Quais são as regras?
-Divulgar quem te passou a Tag.
-Postar dois vídeos com cenas ou musicas que marcaram a sua infância
-Indicar mais 4 blogs para fazerem o mesmo!
-E quem quiser pode postar também o selo da Tag!

Eu indico:
Ana do Blog –Cinema&Literatura
Milky do Blog-Death&Strawberry
DoraLeiria do Blog-Little Diamonds
Hachiikko do Blog-CupKeii

É isso gente! Um beijo da Mari <3