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26 setembro 2011

Desapego-?

(leiam da maneira que desejarem)
Em frenezi total...
Pelo chão espalhadas,
Lembranças que nada lembram
obscuros déjà vu vindos
do futuro.
Desistir é fácil
quando se tem distrações
O desapego...
é quase automático
depois da primeira vez-


(Emoções simplesmente                                                        Liberdades simplesmente
       falsas,                                                                      insanas,
que permeiam os corações,                                        que apetecem nossas vidas,
    momentâneas,                                                                permanentes,
surreais,                                                                               intraduzíveis,       
    Nada realmente importa                                             E são, assim, necessárias
à não ser essas raízes profundas                                           que sem elas
que me constituem                                                               assim me destroem)

19 setembro 2011

Nuvens, pensamentos a caminho de casa

Acho que ja falei que preciso andar quatro quadras do ponto de ônibus para chegar até em casa.
As vezes o sol está muito forte.
As vezes meus pensamentos vão voando entre histórias, trechos, ou simples pensamentos do meu dia-a-dia.

Esse foi um deles:

E assim, sou como o céu, como uma pintura incerta que se modela num ciclo constante e interminável.
Sou como o texto literário e seus períodos, suas releituras.
Eu sou o rio transformado das águas inconstantes.
Eu sou terra fértil semeada.

Ainda sim...

E assim sou como a árvore fixa, como carvalho sólido de raízes profundas na terra.
Sou papel amassado sem uso, poesia rasgada e esquecida.
Eu sou rochedo imóvel.
Eu sou terra árida azeda.

E nesse paradoxo eu vou sendo o que sou… eu vou sendo o que digo.
Não muito mais do que sou.
Eu.

09 setembro 2011

Crônica das Nuvens: CapítuloII

Capitulo II
                Era o acordar de um fim de tarde tangido de amarelo e laranja. Os olhos redondos se abriram úmidos. De braços abertos ela se estendia naquele chão quase sólido-líquido-gasoso, que não conseguia entender.

                Era tudo embaçado como no sonho mais bonito que tivera. Sentou-se e viu. Para além de onde estava havia todo um mundo amarelo opaco e laranja, algum branco talvez.
                Havia montanhas, lagos, florestas, planícies e estepes, mas nada disso condizia com a realidade da menina. Era tudo como aquele chão em que estava sentada, de aparência impalpável.
                Levantou-se, os cabelos tão leves que flutuariam se não estivessem grudados à cabeça. Caminhou e caminhou em busca de respostas. Que lugar era ali? Que realidade era essa? Qual o gosto de si mesma?
                Essa última pergunta, estranha, pairava na consciência de forma confusa. Não o gosto gustativo, que se pudesse escolher seria morango. Mas sua essência de viver.
                Seria sua vida azeda e suculenta como um morango? Pensou no fato de nunca conseguir evitar as caretas que fazia toda vez que mordia um morango, mesmo quando estava muito bom. Ah sim, sua vida era uma sucessão de caretas nas horas erradas.
                E sob seus pés passavam as horas, passavam os sonhos. Passavam as Nuvens.
                Quando o amarelo envolvente começou a enegrecer, a menina começou a ouvir o som de água. Ás suas vistas, uma floresta inteira feita de vapor de nuvens. Uma bela floresta sob as estrelas nítidas do céu sobre o céu das nuvens.
                Seus pés a guiaram rumo ao som, pelas árvores de copas sombreadas e grama branca úmida, até uma clareira ampla.
                Ali uma cachoeira invertida surgia de um vão na nuvem, subindo magistral com uma água límpida, quase na cor do gelo. No ponto mais alto em que podia chegar ela se evaporava e o vapor disforme ia-se espalhando pelo céu. E ao descer formava todo aquele mundo de nuvens.
                A menina caminhou para fora das árvores, para dentro da clareira e dali viu, tão próximo da nascente da cachoeira, um rapaz cujos olhos tão chuvosos pareciam se misturar com o movimento das águas.
“Boa noite” ele sussurrou com ares de surpresa.
                E sua voz ecoou como vento no rosto da menina.
Crônica das nuvens... continua...

MALAMADA:Pastel Raindrops Giveaway

Estava eu passeando pelo painel e encontrei esse sorteio magnífico.
Não que eu tenha muita esperança de ganhar, mas vou torcer pra caramba!! SUHASUHASU
Participem vocês também!!<3
Pastel Raindrops, participem aqui!

Imagina ganhar essas coisas lindas???!!
Beijo gente!

03 setembro 2011

Confinada

Assim, como ninguém. O nada. O caos. Pra sempre... eu sou a tristeza que você se recusa a abandonar
Como doem as idas e vindas,
As reviravoltas que a vida vai dando
Ao meu redor(são momentos)
E logo meus olhos se tomam por um breu profundo(o silêncio cálido, o ruído o mais completo nada)
Porque é assim que a vida prega peças(as batidas descompassadas do meu coração)
É assim que eu me crio(nas coisas em vão)
Na negação desses desejos(oblíquos e dissimulados)
A vida das indiferenças(estas tão pacíficas)
E é assim que tem que ser.(até um fim incerto)


É essa a essência do ser humano?
A expectativa é maior do que o momento.