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27 agosto 2011

Crônica das nuvens

Capítulo I

                Eu nunca entendi bem de física ou química. Não sei qual é a média de vida de uma nuvem. Talvez um dia quando fica pesada e se acaba em chuva. Ou um mês vagando num deserto. Não sei.
                A única coisa que sei é que a nuvem dessa história durou tempo suficiente para merecer uma crônica.
                Tudo começa num início de tarde. A chuva caia torrencialmente enquanto a menina dentro de casa lia um livro ao lado da janela. A mãe pesquisava receitas no computador da sala.
                As cinco em ponto, fim de tarde, parou a chuva. A menina se preparou para ligar as luzes, pois o sol deveria se pôr naquele momento. Mas o vidro refletia uma luz laranja nas páginas de seu livro.
                E ao lado da janela, num dia tão simplesmente ordinário ela contemplou as cores de um crepúsculo incomum, e o céu em chamas exibiu-se para seus olhos castanhos como o céu mais bonito do mundo.

                De chinelo e baby doll branco, revirou a gaveta em busca da câmera fotográfica. Correu para fora e , ao passar pela mãe no computador tudo o que disse foi:
-Vou lá.
                E não aguardou uma resposta. Ao parar no meio do asfalto molhado, as pernas respingadas de piche e talvez barro, inclinou o pescoço ao máximo que pôde e abriu os braços. Suas orbes iam-se enchendo de lágrimas naquele momento.
                Por um instante a sensação de existência sumiu e, ali onde estava era um outro lugar que não a vida. Seu peito se esvaziou das preocupações do dia-a-dia.
                O vento úmido, o som de sua respiração, os pássaros iam alçando vôo depois da chuva e sentia-se tão leve que se ficasse na ponta dos pés iria logo com eles.
                A terra girava e só.
                E as nuvens laranjas desciam rosadas até os braços abertos da menina. Num abraço gentil, tudo o que restava no asfalto era uma câmera molhada.

“Você sabe o que é aquela sensação de falta de um sentido, das noites mal-acordadas no escuro de sequer saber quem é você? É nesse momento, como se eu sentisse, que as nuvens finalmente viriam me levar para um outro lugar…”
Crônica das nuvens… continua…

23 agosto 2011

Paixões



Paixão é todo aquele sentimento que domina nossos atos, que nos toma por completo e toma as rédeas de nossas ações. A raiva, o amor, o medo, o ódio, a felicidade. São todos paixões humanas.
O problema dessas paixões que me dominam é que elas se afastam de mim por muito tempo e retornam sem dar avisos. Elas reviram meu mundo, fazem rodeios com a minha cabeça.
E depois de algum tempo vão embora sem avisos.
Aí eu fico sem entender se é a calmaria que vem depois da tormenta ou se esse é só um estágio de espera.


(inspirado na sessão do cinema de horror(UFMS) do dia 16/08)

22 agosto 2011

MALAMADA: Aos leitores +Lançamento

Oi gente! Tudo bom?
O Entre as Nuvens acaba de chegar a 70 seguidores!
Vocês não são nem capazes de imaginar o quanto eu estou agradecida por esse apoio. Obrigada aos blogueiros pelas parcerias e comentários. Obrigada também aos não-blogueiros que acompanham o blog com carinho e aos leitores fantasmas também. xD
Quem sabe uma hora eu não chego a 100?
Mas esse não é o objetivo, o principal pra mim é que aqueles que leem o blog o admirem pela sua qualidade e possam aproveitar os textos(então obrigada pelos elogios!!^o^)
Com a facul e os 3 cursos de linguas(+os treinos aos domigos) tem tomado bastante do meu tempo está ficando dificíl acompanhar meu painel, pois sigo muitos blogs. Portanto, se eu sumir um pouco é só passarem aqui e solicitar visita que eu atendo na maior felicidade xD
Só não vale comentar só: "passa lá no meu blog" e ignorar a postagem em que comentou, porque isso fere o coração de qualquer blogueiro, né?

Bom... mudando de assunto, vou "lançar" um novo marcador aqui no blog, que já conta com Nuvens, histórias, desenhos, Malamada, livros e saúde(nossa! quanta coisa!oo')

Será crônica das nuvens, uma história que será postada em capítulos como uma pequena "novela".
Quem curte histórias de fantasia vai gostar.
Quinta feira começa!! xD
Conto com o apoio de vocês (^o^)v
Mil beijos.


Aquele cafézinho básico ;d

15 agosto 2011

Cinderela chinesa

Olá gente, hoje farei mais uma recomendação de um livro que li. Esse é um dos meus favoritos, e foi um livro que minha tia descobriu por acaso numa prateleira da bibilhoteca. Livros como esse, sobre o qual vou falar, têm a tendência de serem esquecidos em algum canto e nunca serem lidos, mas é sempre bom quando achamos-nos e damos uma boa lida. Espero que vocês gostem da recomendação. 
                                   
Essa foi uma das histórias reais mais bonitas que  já li ou ouvi. A autora (e própria protagonista da trama) começa apresentando uma origem desconhecida da história cinderela, que remete a um antigo conto chinês.

A partir dele, Adeline começa o relato dos sofrimentos de sua vida.

Adeline ou Yen Jun-ling (seu verdadeiro nome) era a quinta filha do pai empresário com a mãe, de cuja  morte precoce após seu parto sempre foi considerada culpada pelos irmãos.

Então surge a madrasta, uma madame francesa com quem o pai de Adeline tem mais dois filhos. A madrasta, com trejeitos típicos de uma história de cinderela, mima com exageros os próprios filhos e, com regras rígidas e injustas, maltrata à Adeline e seus irmãos, que também passam a ser ignorados pelo pai.

É de dar pena as privações e humilhações pelas quais passa a menina e a angústia que demonstra no livro, narrado em primeira pessoa, pelo amor e o reconhecimento do pai.

A leitura desse livro mostra o quão diferentes são os valores orientais. Ao invés de retratar sua real situação aos colegas e professores em busca de ajuda, Adeline mente que possui pais carinhosos que a amam muito e se envergonha sempre que alguém descobre sua real situação.

Uma das partes mais tristes do livro é quando, ao ser mandada pela madrasta para um internato, Yen descobre que o pai sequer se lembra de seu verdadeiro nome.

Esse é um daqueles livros "tapa na cara" que, após a leitura, faz repensar os problemas que temos e a maneira com que os encaramos. Com certeza faz pensar duas vezes antes de reclamar de alguma situação ou se fazer de vítima, pois se aprende muito com a determinação de Adeline.(Na realidade, descobri que a maioria dos livros chineses são assim)

11 agosto 2011

MALAMADA: Blog secreto

Oi gente, Tudo bom???!!<3
Bom, então eu estava participando da brincadeira Blog secreto do blog Sonhos flutuantes e só agora consegui um tempinho pra realizar a postagem de premiação.
Bem, eu tirei o número 4, ou seja, o blog Futriko Mix.

Primeiro vou falar um pouco sobre ele: A primeira coisa que me chamou a atenção quando visitei o blog foi o Layout. Na época era uma mocinha ao estilo francesa ao lado da Torre Eiffel que eu achei um charme. Remetia um pouco aqueles filmes antigos do cinema europeu.

Agora fui rever o blog pra avisar a dona Anne KS.(adorei o fato de a assinatura delame lembrar uma personagem daquele site Neopets... alguém lembra disso?) O blog está com um adoravel tema de cores claras com menininhas fofinhas e um sub-título inspirador: "A cada dia uma alegria"

Eu li algumas postagens delas e achei uma menina muito talentosa. Ela gosta de postar sobre moda, curiosidades, tutoriais(dos quais, secretamente, eu me aproveitei xD) e algumas histórias e poemas dela. Muito bonitos também. Confiram o mais recente aqui


Mas vamos ao que interessa
Como presente do sorteio estou oferecendo a Anne um bannerzinho e um selo exclusivo(não pode repassar, tá?), os dois feitos por mim =3

Banner:
Selo exclusivo:


Um beijo pra Miih do Sonhos flutuantes e para a Anne Ks!<3
E estou esperando o presente de quem me tirou ein!! xD

E beijo pra todos vocês!!

04 agosto 2011

Nuvens, a tranquilidade ao lado da solidão

Quando estes olhos perderem o brilho, a chama de uma nova vida acenderá

Pelas manhãs quando estou retornando da faculdade eu vou olhando a paisagem mais adiante e ouvindo algumas músicas.
Será que alguém além de mim notou a diferença no meu rosto?
Quando olho para todas as outras coisas
Eu não entendo bem
Me sinto diferente
E nesses momentos que eu vejo o céu
Eu sinto como se estivesse tão perto de tocá-lo
E aquelas nuvens cor-de-rosa viriam para me buscar
E me levariam ao lugar
Onde lutaria pelos sonhos e as virtudes de outras pessoas.
É como se o furacão que me agitasse fosse se tornando brisa
A solidão que eu tanto temia
Ela vai me ensinando algo
Eu estarei vivendo
Eu estarei trabalhando
E ao som da música
Eu caminho.
A espera das nuvens

01 agosto 2011

Hostilidade


Hostilidade.
Eu realmente a vejo por toda parte
Mesmo que outros não a vejam lá.
Um sofrimento sincero.
E sentimentos não correspondidos,
que ferem e matam
e apodrecem como parasitas
as carcaças que habitam
E até que a vida se vá
A hostilidade,
ela permanece em mim