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23 novembro 2011

Nuvens, um desabafo de fim de ano

“E nessa desilusão me esvaio, abraçando a dor a miséria de meus sentimentos”

                Há uma dor intrínseca em mim. Sinto a decepção de ser, simplesmente, ser quem eu sou. Nos meus esforços vagos vejo o pó e a fragilidade que se faz de minha determinação. Vou morrendo pessoa, perdida nos confins confusos de minhas insuficiências e vou morrendo corpo, fustigado das crises gloriosas que se fazem mais e mais fortes, cada vez que voltam a atormentar o conjunto. Porque de alguma maneira elas sempre retornam, senão ao ponto de resolução. Talvez me sejam inatas, as crises.
                Ultimamente, o disfarce do sorriso e da alegria tem sido traídos pela língua comprida das reclamações ácidas, que envenenam muito mais a mim do que a qualquer outro. Sim, vou morrer de veneno próprio.
                É uma decepção tão pessoal que só me resta abdicar do disfarce e vivê-la plenamente, ainda mais nos últimos dias atolados das responsabilidades e cobranças a que, por mais que tente, ainda não consegui me habituar. Ainda mais há a expectativa do fim do ciclo. A proximidade da tranqüilidade não atenua de forma alguma o sofrimento. Pelo contrário, incita-o ainda mais a arder, como sal soprado na ferida em carne.
                Em carne viva e exposta, me sinto assim por dentro.
                Ainda se não houvesse o julgamento do outro, deixando-me livre para viver em plenitude esse momento de angustia, que mesmo sendo tão absurdamente incômoda me trás o beneficio da inspiração. Mas estou aqui, sujeita a olhares perniciosos de julgamentos que me tomam, eu “pessoa momento”, como “pessoa de todo tempo” e me acarretam perdas. Perdas essas com as quais já venho sofrendo.
                Nessa massa carregada de complicações, não vejo solução outra que não seja o desespero. E um olhar vazio, representante da falta de forças, que é tudo o que me resta, enquanto espero sumir esses sentimentos negativos, como em todas as outras vezes que revivi, de novo e de novo, esses momentos.

2 comentários:

  1. Aaaaah Twin não fica assim, por favor TT___TT vai tudo acabar, você vai ver. E vai dar tdu certo também.
    Por favor, não fica assim tão mal :/ você é a pessoa mais determinada e esforçada que conheço. Sei que pode parecer inútil dizer "seja forte", mas saiba que eu estou torcendo para tudo dar certo. É só o estresse de fim de semestre.

    Por favor não abdique do seu sorriso e alegria. Você é muito especial para mim, e te ver desse jeito me deixa triste também.

    Conta comigo, já sabe. Te amo!

    http://diamondsforlittlethings.blogspot.com/

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  2. Oi Mary!
    Sabe eu constantemente passo por sensações assim...sinto-me com aquele peso nas costas, vítima de comentários...julgamentos erroneos. E esses são os piores quando provém de pessoas que temos consideração. mas sabe acho que isso acontece com todo mundo.
    Isso é um momento, logo passa. Assim como as coisas boas que vem e vão, com as ruins é assim também. E se as pessoas ao seu redor são venenosas, afaste-se delas, procure novas amizades.
    Cobranças sempre seremos alvos. Especialmente quando se começa a trabalhar e quando somos obrigados a encarar a realidade da vida.
    Mas acho que conseguimos nos adaptar.

    AHHSSH bom eu tento ser organizada em minhas coisas mas ultimamente ando deixando a desejar por isso quero mudar nem que seja um pouco..não focar apenas em uma coisa mas nas outras também. Isso até me faz falta, sabe?
    Ah e legal voc~e entenderm inha situação bizarra de enxurrada de idéias rs.O quê? Vc também curtia 101 dálmatas a série! Que coisa! Eu estou na web caçando esses capitulos para baixar..espero que consiga todos!
    bjs

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